Construção civil no RN mostra recuo em maio pelo segundo mês seguido, diz estudo da FIERN

A construção potiguar está em desaceleração há dez meses, mas moderou o ritmo do recuo nos dois últimos

A Sondagem Indústria da Construção, elaborada pela FIERN em parceria com a CNI/CBIC a partir das avaliações dos empresários do setor, apontou avanço no indicador do nível de atividade, de 41,1 para 43,0 pontos em maio, mas, como permaneceu abaixo de 50 pontos, revela queda na atividade.

A construção potiguar está em desaceleração há dez meses, mas moderou o ritmo do recuo nos dois últimos. O aumento crescente dos juros e a dificuldade de acesso ao crédito são os principais fatores que explicam o desaquecimento da atividade.

O número de empregados voltou a crescer em maio (52,3 pontos) após nove meses de retração, mas a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) retrocedeu de 45% para 44%.

Em junho de 2025, as expectativas dos empresários do setor em relação aos próximos seis meses são de crescimento no nível de atividade (52,3 pontos) e no número de empregados (57,0 pontos), enquanto, para as compras de insumos e matérias-primas, espera-se estabilidade (50,0 pontos). Por outro lado, o setor vislumbra queda nos novos empreendimentos e serviços (45,4 pontos). Por sua vez, a intenção de investimento avançou (de 27,6 para 27,8 pontos), mas se encontra 4,9 pontos abaixo de sua média histórica, que atualmente é de 32,7 pontos.

Comparando-se os índices avaliados pela Sondagem Indústria da Construção potiguar com os resultados divulgados em 27/06 pela CNI para o conjunto do Brasil, observam-se tendências convergentes no que diz respeito à continuidade da desaceleração do nível de atividade (47 pontos) em maio.

Entretanto, diferentemente dos resultados do Rio Grande do Norte, os empresários do conjunto do país apontaram que o número de empregados caiu (48,5 pontos), embora com intensidade suavizada, e que a Utilização da Capacidade Operacional (UCO) ficou estável em 67% — pelo sétimo mês consecutivo.

Quanto às expectativas, houve convergência no que tange à evolução esperada do nível de atividade e do número de empregados nos próximos seis meses (índices nacionais de 53,1 e 51,0 pontos, respectivamente); mas a média do conjunto do país continua sinalizando otimismo em relação aos novos empreendimentos e serviços e às compras de insumos e matérias-primas (indicadores de 51,3 e 51,1 pontos, respectivamente); por seu turno, a intenção de investimento nacional recuou (de 43,5 para 42,8 pontos).

Ascom.

Foto: Natal em Foco.

Tags: Construção civil, Economia

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