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Pesquisadores da UFRN encontram no interior da Paraíba pegadas de dinossauros com mais de 100 milhões de anos

Publicado em: 24/08/2024 - 4h44
Pesquisadores da UFRN encontram no interior da Paraíba pegadas de dinossauros com mais de 100 milhões de anos

Eles encontraram um conjunto de pegadas de dinossauros com mais de 100 milhões de anos no município de São João do Rio do Peixe, no interior da Paraíba.

Natal/RN – Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) realizaram uma descoberta significativa ao encontrar um conjunto de pegadas de dinossauros com mais de 100 milhões de anos no município de São João do Rio do Peixe, no interior da Paraíba.

Essas pegadas pertencem a saurópodes, dinossauros de pescoço e cauda longa, e trouxeram novas informações sobre a evolução desse grupo de animais pré-históricos.

O achado apresenta características únicas, o que permitiu a definição de uma nova icnoespécie, que se refere a uma espécie identificada por vestígios fósseis, como pegadas.

A icnoespécie foi nomeada de Sousatitanosauripus robsoni. A primeira parte do nome faz alusão à bacia sedimentar de Sousa, onde as pegadas foram encontradas, enquanto “robsoni” é uma homenagem a Robson Araújo Marques, conhecido como o “Guardião do Vale dos Dinossauros”, que faleceu em 2021

Essa icnoespécie recém-definida pertence a um tipo de saurópode com um corpo robusto, caracterizando-se como uma espécie importante para a compreensão da diversidade desses dinossauros pescoçudos no início do Período Cretáceo, que ocorreu entre 145 e 65 milhões de anos atrás.

As pegadas preservadas em rochas sedimentares oferecem pistas sobre o comportamento e a distribuição geográfica dos saurópodes na América do Sul.

O grupo de pesquisadores, que inclui as autoras Zarah Trindade Gomes e Rebecca Fernandes Erickson, além dos professores Aline Ghilardi (UFRN) e Tito Aureliano (URCA), publicou suas descobertas na revista Historical Biology, um renomado periódico internacional especializado em paleontologia e biologia de animais pré-históricos. O artigo é fruto de um trabalho colaborativo e meticuloso que lança nova luz sobre os gigantes que habitaram a Terra milhões de anos atrás.

A descoberta enriquece o conhecimento sobre a fauna do Cretáceo no Brasil e reforça a importância das pesquisas paleontológicas na região nordeste, especialmente no estado da Paraíba, onde estão localizados sítios paleontológicos de relevância mundial, como o Vale dos Dinossauros.

UFRN.

Fotos: Aline Ghilardi e Tito Aureliano/Divulgação

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